Inspirações de O Livro das Verdades Ocultas

Madeleine Roux chegou à DarkSide Books com O Livro das Verdades Ocultas baseado intensamente em sua adolescência e mais especificamente, sua experiência no Festival Renascentista de Minnesota. 

Em 2002,  Roux e duas amigas eram aficcionadas por O Senhor dos Anéis, ao ponto de terem assistido o mesmo 11 vezes no cinema. Sem possibilidade de viajarem para os cenários onde o filme foi gravado na Nova Zelândia, elas se contentaram em trabalhar no Festival. Apesar de ter sua magia e muita alegria ele era, segundo suas palavras, um “Ye Olde Banquet (antigo banquete) de ancilostomíase, bebedeira e pragas sexuais”. Estando envolvido, inclusive, em várias polêmicas nos últimos anos.

As três amigas, porém, eram  jovens inocentes e idiotas, novamente segundo a própria autora, que disse ter levado anos de reflexão para que a “mágica experiência ganhasse dentes e chifres”. Foi justamente isso que a levou a escrever O Livro das Verdades Ocultas.

Roux

Na obra, Adelle e Connie são melhores amigas, unidas pela paixão por um romance gótico chamado Moira. Elas sonham com o mundo sombrio e romântico descrito nas páginas, ansiando por viver aventuras como as dos personagens. Quando têm a chance de literalmente entrar no livro que tanto amam, elas não hesitam. Mas o que parecia ser a realização de um sonho rapidamente se transforma em um pesadelo. O mundo de Moira é muito mais sombrio e aterrorizante do que as páginas sugeriam. 

As semelhanças entre a vida e a obra

Madeleine afirma ser muito difícil falar sobre esse período que até hoje lhe dá arrepios. “Eu era extremamente assim – um emaranhado vibrante de esperanças, sonhos e inseguranças, desesperado para acreditar em magia, uma vítima involuntária de uma era que cruelmente e publicamente envergonhou Jessica Simpson, Nicole Richie e outros pelo mero pecado de existir e ter suas fotos tiradas. Eu ansiava por validação e aceitação, e procurei por isso nos lugares errados. O festival forneceu muitos, muitos homens mais velhos que se concentraram em minhas inseguranças como Nazgûl para o Ring. Eu olho para trás agora e penso: Oh meu Deus, tivemos relativamente sorte. Poderia ter sido muito pior.” contou.

Ainda que Adelle e Connie vivam em outra época, elas sofrem com pressões sociais impostas sobre garotas desde que o mundo é mundo, com o adicional das redes sociais. A personagem Connie ainda luta com sua sexualidade em tempos de preconceito e hostilidade. “Ela está lutando contra os mesmos demônios que eu enfrentei e enfrento quando se trata de identidade — amar um corpo musculoso e forte, amar um eu queer.” afirmou Roux. Mas as similaridades não param por aí, o quarto de Adelle é uma releitura de seu próprio quarto no ensino médio.

Roux

No livro, as amigas se jogam no romance gótico da mesma forma que a autora se perdia na Terra-média. Sua escrita é uma forma de homenagear a beleza e escuridão que há na adolescência de todos nós e que merece ser revisitada. Daquela época Madeleine guarda um diário, a amizade do trio não infelizmente não permaneceu, “Esse diário é um artefato, mas O Livro das Verdades Ocultas também é . É minha ode àquela amizade e àqueles anos felizes. Adequadamente onírico, apropriadamente sombrio”.

Madeleine Roux é autora da aclamada série Asylum, que já vendeu mais de um milhão de cópias pelo mundo. Ela também é autora da série Casa das Fúrias e de diversos títulos voltados ao público adulto, como Salvaged e Reclaimed. Além disso, contribuiu para franquias famosas como Star Wars, World of Warcraft e Dungeons & Dragons. Ela atualmente mora em Seattle, Washington, com seus cachorrinhos e seu amor e já realizou o sonho de conhecer a Nova Zelândia, viagem que ela considera surreal.

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Eu sou a Le Ferrarez. Viciada em música, amante de cinema, consumidora da cultura sertaneja e apaixonada pelo mundo geek. Série preferida: Friends Saga preferida: Star Wars Bandas preferidas: Imagine Dragons e RBD