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Leleu | Imortalidade: Uma História de Amor entrega reflexões sobre a luta feminina no século XIX

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Dana Schwartz mistura romance gótico e crítica social em uma narrativa envolvente sobre direitos das mulheres no século XIX

Dana Schwartz retorna com a aguardada sequência de Anatomia, Imortalidade: Uma História de Amor, e novamente nos transporta para o século XIX com a figura destemida de Hazel Sinnett, uma jovem escocesa que desafia as barreiras de uma sociedade patriarcal para seguir seu sonho de se tornar cirurgiã. O romance, lançado no Brasil pela Intrínseca, não é apenas uma continuação da trama anterior, mas um mergulho mais profundo nas questões que moldam a personagem e os dilemas enfrentados pelas mulheres daquela época. Ao longo das páginas, a autora aborda temas complexos como aborto e os direitos das mulheres, sempre com a sutileza e inteligência que marcaram sua escrita desde o primeiro livro.

A história começa com Hazel ainda em sua jornada como médica, agora mais madura e consciente dos perigos que a sua profissão representa para uma mulher no século XIX. A jovem, que inicialmente se veste como homem para estudar anatomia, se vê envolta em um cenário de mistério e vingança ao tentar salvar uma mulher que passou por um aborto clandestino. Acusada injustamente de assassinato, Hazel é resgatada por uma proposta improvável: ser médica particular da princesa Charlotte. Ao entrar no círculo da elite londrina, Hazel descobre segredos sombrios e uma sociedade secreta que ameaça a monarquia britânica, enquanto também enfrenta dilemas pessoais e românticos.

Schwartz constrói uma trama envolvente e sombria, que combina mistério, romance gótico e eventos históricos com uma pegada de terror e suspense. O enredo, ao mesmo tempo que desenvolve os conflitos internos de Hazel, também traz à tona a luta por autonomia feminina, refletindo sobre o direito das mulheres sobre seus corpos em uma época de opressão. A história de amor de Hazel com Jack, o ladrão de cadáveres, se mistura ao drama de sua jornada como mulher em uma sociedade restritiva, oferecendo uma reflexão crítica sobre as imposições de gênero e a busca pela liberdade.

O grande mérito de Imortalidade: Uma História de Amor está na forma como a autora equilibra ficção histórica e questões sociais contemporâneas. O romance se torna uma ponte entre o passado e o presente, colocando a protagonista frente a dilemas que são ainda extremamente atuais, como o controle sobre a saúde reprodutiva feminina. A escrita de Dana Schwartz é envolvente, com um ritmo que mantém o leitor preso às páginas, e a ambientação gótica da Londres vitoriana, misturada com personagens históricos e sobrenaturais, cria um cenário perfeito para as questões que a autora quer levantar.

Em resumo, Imortalidade: Uma História de Amor é uma obra inteligente, divertida e, ao mesmo tempo, provocadora. Dana Schwartz não apenas dá continuidade à história de Hazel Sinnett, mas também lança uma luz sobre os direitos das mulheres e as lutas que elas enfrentam em todas as épocas. A autora reafirma seu talento ao combinar romance, mistério e reflexão social com maestria.

Imortalidade: Uma História de Amor ganha quatro best sellers.

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