Cinco respostas da Baba Yaga para dilemas modernos

Baba Yaga pode nunca ter criado um perfil em rede social ou ter arrumado treta com a família por causa de política. Ela provavelmente nunca passou por FOMO ou burnout também. Mas isso não significa que ela não possa nos ajudar a lidar com os assuntos que nos atormentam na vida moderna.

Em Saberes Eternos da Baba Yaga, lançamento Magicae, Taisia Kitaiskaia aborda questões existenciais com uma leitura poética sobre a magia de viver. Nele, a icônica bruxa do folclore eslavo oferece respostas sensatas e contundentes para as perguntas que pulsam no coração humano.

Com respostas e conselhos bem-humorados, mas que ainda conseguem nos ajudar a refletir sobre tais questões, o livro é um convite para uma conversa sincera e, por vezes, desconcertante com nós mesmos, guiados pela voz de uma figura que transcende o tempo e o espaço.

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Vasculhamos as páginas de Saberes Eternos da Baba Yaga e trouxemos algumas respostas da bruxa para nossos dilemas modernos mais íntimos.

1. Como faço para me importar menos com a opinião dos outros?

Questionada por alguém que está em um relacionamento que, no geral, é inaceitável para sociedade, e que quer saber como se importar menos com o que as outras pessoas pensam, Baba Yaga Responde:

Eu lhe dou um caldeirão. Você o abre, e, de lá de dentro, sai uma risada, uma tremenda risada com o poder do vento. Ela venta ao seu redor e ao redor dos humanos que fecham a cara, ela se enrola em volta do seu amor, é tão alta e densa que você tem que fechar os olhos e tampar os ouvidos, dura um dia e uma noite. Quando acaba, você olha ao redor de novo — e o que você vê? A terra foi devastada por ela, tudo mudou, e ninguém se lembra do que aconteceu antes que ela assolasse a aldeia.

2. Como faço para impedir que a política destrua a relação com a minha família?

Tenho certeza de que essa daqui vai ajudar muita gente:

Eles estão de um lado do rio; você está do outro. O som da correnteza impede que vocês se escutem, então falar é inútil. Mas observe como eles mergulham suas taças no rio quando você faz o mesmo, observe como lavam os corpos peludos e malcheirosos assim como você. Acene com afeto para eles do outro lado da podre perfeição com a qual todos vocês devem viver.

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3. Para onde vai todo o tempo?

Essa vai para o time dos procrastinadores ou pra quem se enche tanto com projetos, que não sabe como direcionar melhor o seu tempo, ou ainda quer fazer com que ele passe mais devagar:

A eternidade é um porre — tanto é que eu me meto em várias travessuras. Corte sua cabeça e a coloque numa panela, então você poderá explorar a eternidade e vai enjoar do gosto que ela tem. Ou então ame a forma como os planetas fazem seu luar dançar para você em seu centenário cheio de energia e dê um tapa no traseiro da Lua para mostrar quem é que manda nesse lugar. Quem manda nesse lugar nunca será você (esse é, na maior parte do tempo, meu trabalho), mas você pode dar a gargalhada mais longa, pois tem a vida terrena mais curta. Durma bem e acorde mais cedo amanhã para a fantasia de poder desfrutar dos raios de sol. 

4. Como posso me sentir mais confortável comigo mesma?

Quem aqui nunca buscou mais conforto nos outros do que em si próprio, né? Veja o que a Baba Yaga tem a dizer:

Passarinhos passam com uma coisa cada vez pelo buraco da entrada do ninho: gravetos, pequenos pedaços disso e daquilo e coisinhas brilhantes que cativam e apaixonam seus olhos enquanto perscrutam a vista da terra. Você deve arrastar de volta as vítimas de sua afeição para dentro do seu ninho mental. Galhos disso, pensamentos daquilo, ossos e tremores e pedras — furte para pegar algo emprestado dos outros se é disso que precisa, até que esteja olhando para uma casa mental que seja fruto do seu trabalho. É que todos somos feitos, em parte, de empréstimos de sangue e pele e tendões, e é tolo aquele que pensa que a cabeça de alguém já vem pronta.

5. Como faço para me motivar mais?

Muita gente que passa o dia trabalhando ou estudando só quer chegar ao fim do dia e transformar o cérebro em um pudim, com alguma atividade bem passiva como ver TV ou ficar no celular. Se você queria ter um pouco mais de motivação, a Baba Yaga tem um conselho pra você:

A pressão apenas cria o movimento, se para o bem ou para o mal, não é do conhecimento da pressão. Faça da sua criação algo fundamentado, não solto. Olhe para ela todos os dias como um botão estranho ou uma semente perdida em meio à grama alta, uma lesma ou uma raiz. Não como a água retida, que inunda os barrancos e perde em sua liberdade vigorosa o botão, a semente, a lesma e a raiz.

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Eu sou a Le Ferrarez. Viciada em música, amante de cinema, consumidora da cultura sertaneja e apaixonada pelo mundo geek. Série preferida: Friends Saga preferida: Star Wars Bandas preferidas: Imagine Dragons e RBD