Notas Suicidas de Belas Garotas é um romance trágico e cheio de complexidades da psique humana

O livro Notas Suicidas de Belas Garotas tem muita coisa para oferecer sobre a existência humana, especialmente no quesito feminilidade durante a adolescência.

Delia era excepcional, linda e interessante, mesmo se tornando sombria em alguns momentos, era tudo que June idealizava como a perfeição. E por anos elas foram inseparáveis, fruto dessa admiração intocada. Mas algo aconteceu de repente, e elas se separaram por um ano.

Antes de voltarem a se falar e desculpas serem pedidas, o diretor anuncia que Delia está morta e o mundo de June para. Sem chão, ela tenta recobrar as memórias com a amiga, superar o luto e entender como seguir em frente. Só que alguns bilhetes póstumos de Delia começam a chegar para June, e agora o suicidiu que era estranho parece ainda mais perturbador.

June acredita que Delia tenha sido assassinada, afinal, ninguém atearia fogo no próprio corpo, não é mesmo? Ou a amiga faria isso em uma das suas crises de escuridão?

Opinião da Redação

A gente se esforça muito para entender os pontos importantes que alguém queria ressaltar quando estava escrevendo um livro tão sombrio e misterioso quanto Notas Suicidas de Belas Garotas, mas em alguns momentos é muito mais difícil do que esperamos. E este livro é um caso desse tipo.

Lynn Weingrarten, autora de Notas Suicidas de Belas Garotas parece ter tido vontade de ressaltar os momentos mais sombrios do amadurecimento feminino, da emancipação das vontades e das complexidades da sexualidade nessa fase da vida, mas algo pareceu fracassar.

Apesar de boa, a trama não tem tanta profundidade nos seus personagens e muito se perde em momentos confusos que nem precisariam existir, o que torna a história um pouco entediante. Acabamos achando o livro bem raso e fraco, mas não podemos dizer que não tinha potencial.

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Foto de capa: divulgação/Amazon