Novo longa de Helena Ignez vai estrear na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes - Le Ferrarez
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Novo longa de Helena Ignez vai estrear na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes

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À esquerda, Helena Ignez, ruiva, e à direita, Ney Matogrosso. Ambos usam bonés e estão sentados em um barco.

A atriz tem mais de 60 anos de produção cênica e já foi a homenageada de 2017 do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e em 2021 na 45° edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

E tem novidade no cinema nacional! O filme A Alegria É a Prova dos Nove da atriz, cineasta e roteirista, Helena Ignez, terá sua première mundial no dia 23 de janeiro. O filme fará parte da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que ocorrerá entre os dias 20 e 28 de janeiro, em Tiradentes, Minas Gerais.

A primeira sessão do filme será exibida às 18h no Cine Tenda. No dia 24, às 10h, irá acontecer um encontro com Helena Ignez, que assina a direção do longa e o cantor Ney Matogrosso, no Cine Teatro. O filme foi produzido pela Mercúrio Produções, e teve apoio de DGT Filmes, Filmes de Infiltração, Nômade Label e Near Foundation.

Uma parceria de longa data 

No longa, Helena Ignez retoma sua parceria com Ney Matogrosso, com quem já atuou em Luz Nas Trevas, A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Ralé e no curta-metragem O Poder dos Afetos. Ela conta sobre a experiência:

“Foi maravilhoso voltar a trabalhar com Ney, é uma parceria orgânica. Possivelmente, nesse filme, ele está em um de seus melhores trabalhos como ator. Impressionante como ele está desarmado, aberto para o que vem no momento. Ele se tornou cada vez mais um ator consciente de seu trabalho como ator também, não apenas como cantor, mas também como intérprete dramático”.

Treze atores estão reunidos em cena de A Alegria É a Prova dos Nove

Atores em cena de A Alegria É a Prova dos Nove, com Helena Ignez e Ney Matogrosso. Foto: divulgação

Em A Alegria É a Prova dos Nove, os dois interpretam Jarda Ícone e Lírio. Ela, uma artista, sexóloga e roqueira octogenária e ele, Lírio, um defensor dos direitos humanos. Um episódio desalentador do passado de Jarda precisa ser trabalhado no presente.

O roteiro, assinado por Helena Ignez também, acompanha momentos do passado e do presente na vida da dupla. Na juventude, quando faz uma viagem de Londres ao Marrocos, Jarda é interpretada por Djin Sganzerla. 

Helena Ignez conta que uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu em 2020, aos 91 anos. A diretora explica que durante o isolamento pôde mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa. Essa pesquisa serviu de base para a personagem Jarda e os temas abordados no filme. Helena aponta que este é um filme sobre o Brasil de hoje.

“A pandemia permitiu dedicação e estudo para esse trabalho, o que pude fazer com intensidade. [O filme] começa com a Jarda Ícone hoje, lembrando com Lírio Terron, desde a juventude, uma relação de proximidade, e vem em busca desses personagens hoje. Eu encaro a Jarda Ícone realisticamente apesar de ser uma diretora experimental. Ela é uma figura poético-realista”, diz a diretora.

O filme tem produção executiva assinada por Helena Ignez e Michele Matalon. A fotografia é de Toni Nogueira, Flora Dias, Mirrah da Silva, Matheus da Rocha Pereira e Lucas Eskinazi. A montagem é assinada por Sérgio Gag.

Confira a sinopse oficial do longa

A Alegria é a Prova dos Nove é um filme memorial, de amor, sobre a viagem realizada a Marrocos nos anos 70 por Jarda Ícone (Helena Ignez) artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, e Lírio Terron (Ney Matogrosso) defensor dos direitos humanos. Na verdade, uma viagem que não acabou em suas vidas.

Jarda Ícone dá aulas presenciais e online sobre como as mulheres podem obter o seu próprio orgasmo. Com seu grupo de discípulas e amigas Ana Brasil, Sheyla Fernanda, Caroline Sylvie e Lakshmi, desenvolve projetos feministas e artísticos autossustentáveis.

A Alegria é a Prova dos Nove é iconoclasta e político, mas nada politiqueiro no sentido tradicional. É uma ode aos movimentos underground e da contracultura, é um hino à liberdade e seu título é uma homenagem a Oswald de Andrade, um dos principais nomes do modernismo brasileiro.

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Foto de capa: divulgação 

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