Cinelet | Clube dos Cinco: a evolução da adolescência

Clube do Cinco é um clássico do cinema teen, e você talvez não conheça, mas precisa

Clube dos Cinco nasceu em um momento em que filmes não eram escritos ou pensados para jovens. O cinema focava em tramas mais dramáticas e românticas, com muita sensibilidade e com elencos cheios de sucessos indiscutíveis. Mas John Hughes viu a falta de representação jovem nas tramas e começou um legado na história do cinema.

Um legado, inclusive, que sobreviveu aos anos e que migrou de alguns poucos filmes para uma seleção inteira nos catálogos de streaming. O sinômino de comédia romântica – em especial nos anos 1990 – se tornou filme teen, e a gente ama.

Clube dos Cinco se tornou, de longe, a obra mais atemporal de Hughes, o filme mais famoso do seu tempo e a catapulta para todos os tipos de casais teen clichês que a gente ama hoje em dia.

Sinopse

Foto: divulgação

Depois de causarem confusões muito específicas durante as aulas, cinco alunos ficam de castigo e são obrigados a cumprir a detenção no sábado, dentro da biblioteca da escola. E a única supervisão que recebem é do orientador mais pancada possível (e nem é pancada de um jeito hilário), o sr. Richard Vernon (Paul Gleason).

Os alunos são completos opostos, e fazem disso seu maior orgulho durante toda a trama. E a gente se apega ao temperamento de John Bender (Judd Nelson), Claire (Molly Ringwald), Allison (Ally Sheedy), Brian (Anthony Michael Hall) e Andrew (Emilio Estevez). Cada um exercendo um papel importante na história.

Relevância

Foto: divulgação

Se tem uma coisa que os filmes de John Hughes conquistaram, essa coisa foi relevância. Cada filme dele tem um fundo de importância para o contexto jovem atual dentro do cinema, já que ele foi o percursor de dar voz a toda uma geração.

Usando tramas complexas e explorando o lado óbvio de que as aparências enganam, o roteiro se mantém fiel unicamente ao papel de Bender, já que ele é um rebelde com causa e esse é um clichê que não se esconde. Enquanto, do outro lado, a vida mais perfeita se apresenta como a mais problemática e a mais problemática se apresenta como a mais tranquila.

Opinião da Redação

Foto: divulgação

Por que falar sobre o Clube dos Cinco se ele não é uma novidade e nem está de aniversário ou algo assim? Porque manter a história viva é garantir que os erros não se repitam. E esse filme tem isso muito claro.

Interpretado por uma geração que formou as pessoas que seriam pais dos anos 90, o filme mostra a dureza emocional que a geração dos nossos pais viveu, sempre em busca de agradar seus pais e orando para não serem como eles. O fato de todo mundo fazer terapia hoje, é porque nossos pais eram doentes e nunca se trataram. E não se trataram porque eram tratados como objetos e não souberam filtrar isso completamente de suas personalidades.

A dor emocional deles ter respingado em nós é só parte do problema. E Clube dos Cinco deixa isso muito bem claro, debatendo a importância de não cometer os mesmos erros do passado e impedir que a história seja ignorada. Mesmo que seja só a história pessoal da sua família.

Amamos muito essa trama, e lógico que damos ainda mais respeito para a trama já que o filme todo se passa exclusivamente dentro da biblioteca da escola. Mesmo com algumas cenas icônicas que são externas, o debate central acontece no lugar mais silencioso possível, onde os pensamentos gritam.

Você já conhecia o Clube dos Cinco? Animou para assistir? Vem conversar com a gente no Instagram! E para mais filmes que se tornaram clássicos do cinema, continue acompanhando o nosso conteúdo aqui no Le Ferrarez.

Foto de capa: divulgação