Cinelet | Vai Ter Troco: confira a opinião da nossa redação sobre nova comédia do Star Original

Chega nos cinemas do todo Brasil no dia 17 de agosto a comédia Vai Ter Troco com a distribuição da Star Original

O filme conta a história da família Souza de Souza que é muito rica e vive se esbanjando com festas, roupas caras e cirurgias plásticas. Por outro lado, os funcionários da casa estão insatisfeitos por não estarem recebendo o salário. 

É em uma festa para o Senador Vespúcio que a polícia federal invade a casa e prende tanto o Senador, quanto o chefe da família Afonso por desvio de verbas da merenda.  

A maior parte do filme se passa durante o interrogatório onde o investigador está tentando descobrir a verdade dos funcionários e ver se eles sabiam de algo. O filme também se passa na casa da família mostrando tudo que o motorista e as empregadas precisam fazer para manter a casa mesmo sem receber o salário e sem dinheiro para comprar comida para os patrões.  

Você pode conhecer cada personagem aqui.  

Opinião da redação

O cinema brasileiro sempre teve fortes características quando se fala de filmes de comédia que atraem públicos de todas as idades ao cinema. Além das piadas que tiram gargalhadas, os filmes de comédia nacionais também falam sobre a nossa cultura, dia a dia e aborda todas as classes sociais. É possível se identificar facilmente em cada personagem que demonstra as diferentes caras do Brasil. Ele também consegue fazer críticas sociais, falar de grandes problemas que a gente vive em comunidade e trabalhar com isso de uma forma leve e humorada.  

É isso que encontramos em Vai Ter Troco, a simplicidade, honestidade e dedicação do trabalhador brasileiro que precisa lidar muitas vezes com injustiças e descaso para conseguir ganhar o pão de cada dia. Ainda tendo que encarar a arrogância, prepotência e injustiça dos seus patrões, que fazem o mínimo para ter muito, às custas das minorias.  

Além da crítica social, a gente encontra no filme uma característica forte do nosso povo que é a união, amizade e aquele jeitinho brasileiro que consegue se ajudar e viver o dia a dia mesmo com pouco. Um grande exemplo é a personagem Zildete que tem um carinho especial pelos filhos do casal Souza de Souza e os cria como se fosse dela. Isso também é uma grande motivação para a personagem continuar na casa mesmo sem receber. Já Tonha, uma mãe solteira, encontra na comunidade o apoio para criar o filho até mesmo quando a escola que o menino estuda fecha por problemas que a prefeitura não resolve.  

Mas nem só de temas sérios vive o filme, a gente encontra também um humor exagerado, o famoso pastelão, que consegue tirar gargalhadas de situações absurdas e vergonhosas.  

Eu, pessoalmente, amei a relação de Zildete com seu ídolo Falcão em que a personagem cria um mundo de fantasia onde ela consegue conversar com o cantor e ele acaba sendo um apoio para ela. 

Única coisa que gerou um certo desconforto foram as piadas sobre o candomblé e outras religiões espíritas. A gente sabe que no fundo tudo é piada e o que vale é rir, mas o preconceito contra religiões de origem africana é um grande problema no Brasil e ele só é ressaltado pela personagem Tonha que se diz cristã.  

Outra coisa que esperava era que o plot twist dos empregados contra os patrões acontecesse um pouco antes por causa do nome no filme, mas eu acho que o roteiro seguiu daquela forma exatamente para fugir do óbvio e criar uma certa expectativa

No geral, o filme entrega exatamente o que a gente espera de uma boa comédia com um entretenimento leve e divertido que nos proporciona por quase duras horas fugir dos problemas e rir de nós mesmos e da situação que vivemos.  

Por isso, Vai Ter Troco vai levar quatro saquinhos de pipoca com muita manteiga e sal do jeito que a gente gosta. 

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Fofo de capa: divulgação