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Le Entrevistou | Michel Tikhomiroff diretor de Pronto, Falei fala sobre o filme

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Foto: Divulgação

O novo filme de comédia, Pronto Falei, que estreia em dezembro nos cinemas brasileiros, tem direção de Michel Tikhomiroff

O novo filme de comédia, Pronto Falei, está com data de estreia marcada para 8 de dezembro nos cinemas do Brasil todo. Além da influencer e atriz, Kéfera Buchmann, o longa é dirigido pelo renomado Michel Tikhomiroff, também diretor do primeiro suspense sobrenatural brasileiro da Netflix.

Para entender melhor sobre como foi a produção dessa comedia, batemos um papo com ele, e falou um pouco como foi esse processo.

Le Ferrarez: Como foi a preparação para dirigir o filme?

Michel Tikhomiroff‌: Fiquei muito encantado com a ideia do filme e acompanhei muito de perto todo o desenvolvimento com os incríveis roteiristas Fabio Danesi , Alexandre Soares Silva e Camila Raffanti. Isso foi fundamental para ter todas as motivações dos personagens muito claras e conseguir ensaiar com o elenco sabendo exatamente quais caminhos seguir.

Ainda durante o desenvolvimento do roteiro, a linguagem estética do filme já foi aos poucos se consolidando na minha cabeça. Uma vez formada a equipe de filmagem, tive reuniões para explicar a minha visão para o diretor de fotografia e a diretora de arte  a fim de dar um norte estético e narrativo para eles.

Com o elenco fechado, li e ensaiei quase todas as cenas do filme para fechar a movimentação dos atores nos ambientes do filme. Foi um privilégio de trabalhar com os protagonistas desse filme: Nicolas Prates, Kéfera Buchman, Romulo Arantes Filho e Duda Santos. Com tudo muito estudado, discutido e compartilhado com a equipe antes da filmagem, conseguimos usar o precioso tempo que tínhamos no set para aprimorar as ideias e afinar ainda mais todos os detalhes, elevando a qualidade final do trabalho de todos sem desperdiçar o tempo.

Le: Como diretor, qual o maior desafio que você enfrentou durante as gravações?

M.T: Como dou muito valor ao trabalho de preparação e pré produção, as surpresas no set se tornam mínimas. Assim, o principal desafio acabou sendo boa parte ainda durante a própria preparação um numero considerável de locações que já havíamos visitado e analisado acabaram caindo e tendo que ser trocadas… Mas, como nada é por acaso, todas as mudanças foram para melhor!

Foi mais trabalhoso, mas melhoramos todas as locações originais. O outro desafio foi me acostumar com os protocolos de filmagem em função da pandemia. Foi estranho trabalhar dessa maneira, mas com esses cuidados, não houve nenhum caso de contaminação durante as gravações. Logo após as filmagens enfrentei o “momento da verdade” na ilha de edição. Mas, com a minha parceira de longa data na montagem, a gigante Leticia Giffoni, tudo foi tranquilo como um passeio no parque.

Le: Qual foi a importância pessoal que esse projeto teve na sua carreira?

M.T: Fiz o meu primeiro longa metragem (o suspense Confia em Mim) em 2014 e, quando estava terminando a edição, já comecei a pré-produção da série O Negócio (HBO). Emendei uma temporada na outra e acabaram sendo 4 temporadas. Uma verdadeira maratona. De lá pra cá, acabei me envolvendo na direção, direção geral e/ou artística de várias outras séries. Estava morrendo de saudades de voltar a fazer um projeto mais curto: um longa. Aí veio a Covid-19. Durante a pandemia sonhava que o mundo voltasse a alguma normalidade e que, no melhor dos mundos, eu voltasse a um set de filmagem fazendo um longa. Fazendo o Pronto, Falei. O sonho virou realidade e, muitos episódios de séries depois e com uma pandemia administrável, voltei ao set de filmagem fazendo o longa metragem Pronto, Falei. Esse projeto foi a realização de um sonho.

Le: Na sua opinião, o cinema brasileiro mudou muito? E como vem sendo as adaptações para direção nos dias de hoje?

M.T:  A maneira que se dirigia filmes muitas décadas atrás em comparação aos dias de hoje, na prática, não mudou muito. As telas se multiplicaram mas, no fim das contas, são todas telas. Veio o digital, vieram alguns novos equipamentos, mas o principio é o mesmo. Eu dirijo a quase 25 anos. Quando comecei filmava curtas, clipes e comercias de TV em película de 35mm ou 16mm. Passei pro digital anos depois, junto com quase toda a indústria, no meu primeiro longa.

Aqui no Brasil é mais difícil porque acabou se tornando um processo mais custoso, na maioria das vezes. Em geral a indústria absorveu muito bem as câmeras digitais que estão cada vez melhores. Alguns aproveitam o formato digital para deixar a câmera rodando e ter uma quantidade maior de material. Gosto de pensar e planejar com antecedência tudo o que vai acontecer no set, em como os planos vão se encaixar, em como o filme vai montar. Sigo o meu processo exatamente como sempre fiz. Talvez a principal diferença seja na expectativa que a equipe tem com a atitude do diretor no set.

Michel Tikhomiroff é sócio, diretor de filmes e diretor artístico da Mixer Films. Formado em Cinema pela Tisch School of the Arts.

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Foto de capa: divulgação

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