Intrínseca lança A amiga maldita: uma história emocionante sobre amizade e coragem na Itália fascist

A amiga maldita, romance de estreia de Beatrice Salvioni, explora a amizade entre duas meninas em meio ao machismo e fascismo na Itália

Em seu romance de estreia, Beatrice Salvioni revisita a Itália sob o regime totalitário de Mussolini para destacar os ecos desse período, que ainda ressoam no mundo atual com o crescimento da extrema direita. A amiga maldita, lançado no Brasil pela Intrínseca em agosto, aborda as questões do machismo, as turbulências da adolescência, e os impactos da guerra e do fascismo, oferecendo uma poderosa narrativa sobre amizade feminina e crescimento pessoal, além de uma crítica incisiva à sociedade patriarcal.

No prólogo, conhecemos Francesca, uma menina de 13 anos à beira do rio Lambro, em Monza, Itália, com um homem morto ao seu lado, após ele ter tentado estuprá-la. Maddalena, sua amiga, a ajuda a se livrar do corpo. Francesca então narra os eventos que levaram a esse momento, começando em 1935, um ano antes, quando, durante uma missa de domingo, ela se encanta por uma menina conhecida como a Maldita. De origem humilde e marginalizada pela comunidade por supostamente possuir poderes misteriosos, a menina se torna o foco de fascínio de Francesca.

Desafiando os desejos de sua mãe, obcecada por convenções sociais burguesas, e ignorando os rumores que culpam a Maldita por várias mortes, Francesca se junta ao grupo de amigos dela, buscando uma vida mais livre. No entanto, sua amizade enfrenta os obstáculos do machismo, da guerra e do fascismo. Em uma sociedade conservadora, Francesca e Maddalena precisam tomar uma difícil decisão: unir-se contra a opressão e a injustiça ou ceder diante das adversidades.

Premiado com o Scuola Holden, A amiga maldita está sendo adaptado para uma série de TV. Antes mesmo de ser publicado na Itália, os direitos de tradução do livro já foram vendidos para 32 países.