Radojka – Uma Comédia Friamente Calculada, espetáculo inédito no Brasil, aborda a insegurança no serviço doméstico e idade no mundo do trabalho
No próximo dia 19 de março, o Teatro Faap será palco da estreia nacional da comédia Radojka – Uma Comédia Friamente Calculada, dirigida por Odilon Wagner e protagonizada pelas talentosas Marisa Orth e Tania Bondezan. Escrito pelos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal, o espetáculo, inédito no país, traz uma trama ágil, repleta de humor insólito e surpresas, explorando a insegurança laboral no serviço doméstico e a complexidade da idade no mundo profissional.
A peça, que estreou em Montevidéu em 2016, já conquistou plateias em 12 países, incluindo Uruguai, Chile, Argentina, Espanha, Colômbia, Peru, México, Costa Rica, República Dominicana, Porto Rico, EUA e Panamá. Além disso, recebeu prestigiados prêmios, como Estrella de Mar (2022), Carlos (2023) e ACE Awards (2023) na Argentina, e Bravo (2023) no México. Prevê-se que, em 2024, o espetáculo seja apresentado na Bélgica e no Paraguai.
A história, com humor cáustico, gira em torno de Glória e Lúcia, cuidadoras de uma idosa sérvia, Radojka, que vivem tramando planos delirantes para manter seus empregos após um acidente doméstico fatal. O enredo revela as situações bizarras resultantes desses planos, abordando temas como o desespero de perder o emprego em uma certa idade, o duplo padrão, a ganância e a impunidade.
“O convite para montar essa obra veio do próprio autor Fernando Smith”, conta a atriz Tania Bondezan, que também assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Fernando me perguntou se eu tinha interesse em ler a peça e eventualmente montá-la. Eu morri de rir já na primeira leitura, encantei-me com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, explica a atriz.
Fernando Schmidt, autor da peça, destaca a relevância do tema no Brasil: “É a nossa primeira experiência teatral no Brasil e esperamos que proporcione as mesmas gargalhadas que ouvimos em todas as montagens anteriores. Cada versão da peça integrou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50 anos. E rir dos nossos problemas é uma forma de começar a superá-los”.
Marisa Orth, simultaneamente em cartaz com o drama Bárbara, destaca o desafio de interpretar dois papéis tão distintos, mas vê a experiência como enriquecedora: “Realmente, nunca vivi isso. Estou ansiosa e aflita, porque de terça a quinta estou em uma comédia e de sexta a domingo, em uma peça densa. Mas estou feliz, porque tenho certeza de que vou crescer muito como atriz. Está sendo uma experiência muito enriquecedora”, diz.
“Radojka é um dos textos mais divertidos que li nos últimos anos, era impossível não gargalhar com o humor ácido desse texto ágil e cheio de surpresas do começo ao fim. As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada e que ao decorrer da peça parece não ter solução, mas as reviravoltas aparecem, como em toda boa comédia de situação, mudando o rumo da história”, comenta Odilon Wagner. O diretor ainda comenta que os papéis das duas protagonistas não poderiam estar em melhores mãos. “Trabalhar com Marisa e Tania é um deleite, pois essa união de talentos, criatividade pulsante e entrega despudorada, tornou o trabalho da direção e de toda a equipe criativa uma alegria. Nos divertimos e rimos muito durante os ensaios e tenho certeza que a experiência será assim para todos!”, acrescenta.
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Foto de capa: divulgação/João Caldas