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Cinelet | Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada e Prostituída: o relançamento do século

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Imagem do filme Christiane F

O relançamento do século é o filme mais polêmico sobre a adolescência que você já viu 

Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada e Prostituída tem um título longo, mas é um filme importante na cultura jovem dos anos 1980 e 1990.

Saído direto de um livro, o biográfico de Christiane F., uma garota que realmente faz jus ao título. Escrito por Kai Hermann e Horst Rieck, e inspiração para o filme lançado em 1981, o livro conta como uma garota de 13 anos se envolveu com drogas e prostituição.

No filme o retrato de Christiane é fiel, é até cruel. E a parte biográfica da história é tão crua que até dói entender o que está acontecendo.

O filme voltou aos cinemas recentemente, e com isso trouxe de volta toda uma memória afetiva de um passado que ainda precisamos digerir. É o relançamento do século sim, e nós não perderíamos isso por nada.

Cultura de Berlim

Christiane F encarando a câmera, em cena do filme

Foto: divulgação/A2 Filmes

A história se passa na Alemanha dos anos 1970, e é importante lembrar que estamos falando de uma Alemanha pós-guerra. A cultura local, depois dos acontecidos da Segunda Guerra Mundial e com o Muro de Berlim erguido, era totalmente marginalizada.

A ocupação jovem se acumulava em casas noturnas e atividades atrevidas, como o uso recreativo de drogas e a prostituição para conseguir sempre mais. E isso atraiu Christiane aos 13 anos.

Na busca pela adequação e popularidade, ela se mesclou entre uma turma um pouco mais velha e entrou de cabeça no mundo da heroína. E desde então sua vida foi uma completa batalha contra as consequências daquelas escolhas da juventude.

A importância da história

Christiane F na estação de trem de Berlim

Foto: divulgação/A2 Filmes

A trama toda tem um peso histórico inquestionável. Não podemos esquecer da importância e da representação de a obra trouxe para os jovens marginalizados de Berlim, e do resto do mundo.

Expondo um problema real sobre a falta de espaço de uma juventude abatida pelas consequências de guerras internas e externas, o filme quebra o padrão e exibe a dor de se viver dentro das drogas pelas óticas de viciados.

O debate sobre usar ou não, sobre as consequências dessa escolha, e sobre o futuro a se aguardar depois disso, dançam em frente ao público durante todo o tempo de tela.

Opinião da redação

Cena do filme Christiane F, onde a protagonista está cheirando cocaína

Foto: divulgação/A2 Filmes

Drama é um tema que a gente curte explorar, especialmente os biográficos. E com a história de Christiane F. não seria diferente.

O filme é realista sobre a perspectiva de pessoas viciadas em droga, assim como a trama é zerada e a história é parada. Contar os fatos reais não é bonito ou divertido, então é importante pensar nisso enquanto se consome o filme. E nós pensamos.

Amamos demais a ambientação e a clareza com que tudo aquilo foi exposto. O peso histórico nos comove e é impossível tirar os olhos da tela. Até o último minuto de filme, Christiane é mais do que uma personagem do mundo real. Ela é palpável e quase uma criança que sentimos necessidade de proteger.

A gente também adora o fato de o filme ter a participação especial de David Bowie, que faz um show no roteiro, e aparece deslumbrante em uma apresentação clássica. E quem não lembra que David Bowie era o homem das participações especiais em filmes provocativos?

E aí: você também curte a história real de Christiane? Então você já sabe que esse filme voltou aos cinemas… E a gente conta tudo isso por aqui, no Le Ferrarez. Também estamos no Instagram, não se esqueça.

Foto de capa: divulgação/A2 Filmes

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