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Cinelet | Justiceiras: um exemplar da força feminina
Justiceiras acabou de estrear na Netflix, e é um grito de verdades dentro de um universo de caos
O novo filme da Netflix atende por Justiceiras, e você já deve ter ouvido falar dele por aí. Com Maya Hawke e Camila Mendes dividindo o protagonismo, o roteiro corta nossos corações com referências imperdíveis de tempos mais “jovens” em Hollywood.
Enquanto a indústria cinematográfica tem focado em produzir filmes muito elaborados, recriando uma nova versão da sua era de ouro, a Netflix entrou na brincadeira para quebrar padrões.
No elenco encontramos Austin Abrams (Euphoria), Ava Capri (Love, Victor), Talia Ryder (Olá, Adeus e Tudo Mais) e Alisha Boe (13 Reasons Why). Fora as participações de Sophie Turner e Sarah Michelle Gellar, que dispensam menções honrosas. E tudo isso em um cenário é um roteiro típico dos clássicos adolescentes dos anos 1990 e 2000.
Mas isso você já leu por aí!
Referências
A importância de ter referências em Justiceiras é que esse filme abraça todos, mas tem um público específico. Mas ele escancara que ser cruel não está mais na moda…
Se você já assistiu Heathers (1989), que foi traduzido como Atração Mortal, sabe como funciona um clássico relacionamento jovem tóxico, que fez muito sucesso em produções da época (que a gente amava e continua amando, mas agora entendendo todas as problemáticas da história). O roteiro também exibe uma carga de Meninas Malvadas (2004) e até 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999). Ou seja: o público é específico.
As referências estão ali para cativar nascidos entre o fim dos anos 80 e o fim dos anos 90. Pessoas que cresceram com esses clássicos, e que foram ensinados que relações – românticas ou amistosas – são tóxicas e que não podemos fazer nada sobre isso.
Agora como adultos, temos mil boletos de terapia e uma carga emocional oscilante entre desconfiança e medo dos outros. E Justiceiras vem para quebrar esse padrão de uma forma irônica.
Feminismo?
Se você está achando que tudo isso leva para um discurso feminista de redes sociais, você pensou meio certo. Mas também pensou bem errado!
Justiceiras fala sobre temas extremamente atuais e problemáticos, como o vazamento de vídeos e fotos íntimas de mulheres apaixonadas, uma busca por status baseada em curtidas e discriminação de hater, e o clássico: macho cis hétero fingindo de bom moço.
O roteiro coloca as protagonistas em uma corrida contra o tempo, para terminarem o último ano do ensino médio de cabeça limpa e coração leve. E isso vai criando debates e fechando muitos parênteses que quase nunca se fecham quando estamos nas rodas erradas.
Falar sobre os temas já parece spoiler, então a gente só indica que você vá assistir.
Opinião da Redação
Amar é uma palavra forte, então vamos de veneração… O roteiro de Justiceiras merece muitos aplausos, e parece raso que uma proposta tão boa seja obviamente minimizada pela indústria mais clássica, só porque está em um contexto jovem.
Sabemos que o filme vai ser aclamado nas redes, vai virar ícone de estilo entre as blogueiras, mas vai morrer gradativamente na boca do povo. Ou seja: seus bons debates vão sumir, porque a moda vai parecer mais relevante e algum outro sucesso vai ofuscá-lo. Mas do lado de cá vamos assistir e reassistir quantas vezes forem necessárias.
Justiceiras é um filme bem escrito e bem interpretado, que tem muita coisa leve para rir e bebe das fontes de nossos filmes preferidos das décadas passadas. Amamos o roteiro, amamos os figurinos (obviamente, porque quem não ama um bom estilo fashion?) e amamos ainda mais a capacidade de falar e educar o público mais jovem sobre problemáticas que se tornam mais banalizadas a cada dia.
E você: já assistiu? Fica de olho aqui no Le Ferrarez que esse filme ainda vai ter mais menções honrosas. E não esquece que também estamos no Instagram.
Foto de capa: divulgação
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