Cinelet | Loki: Confira o que esperar sobre a segunda temporada do Deus da Trapaça

Loki estreia hoje (05) no Disney+ e terá episódios semanais toda quinta-feira na plataforma 

Uma das continuações mais aguardadas dos fãs de histórias de super-herói estreia hoje (05), a segunda temporada de Loki no Disney+. A série que tem como protagonista um dos personagens mais amáveis da Marvel lançou a primeira temporada durante a pandemia, em 2021.

A narração conta sobre o momento em que Loki foge de seu destino e quebra a própria linha do tempo se tornando uma variante. Nesse momento, ele é capturado pela Autoridade de Variância Temporal (AVT), uma organização que tem como fundamental missão manter a ordem da linha temporal e eliminar as variantes. Loki consegue um acordo que irá salvar sua vida, mas o coloca em mais problemas.  

O site Lê Ferrarez foi convidado para assistir os dois primeiros episódios da segunda temporada e vamos contar tudo aqui para vocês. 

Atenção, a partir daqui você com certeza verá spoilers!

A nova temporada já começa com o momento que Sylvie (Sophia Di Martino), uma das variantes de Loki (Tom Hiddelston), o joga por um portal de tempo para impedi-lo de tentar frustrar seus planos de matar o conhecido como Aquele Que Permanece, uma variante de Kang, o Conquistador, personagem que aparece no último filme de Homem Formiga, Quantumania. Isso acontece no final da primeira temporada.  

Nos primeiros minutos da segunda temporada, Loki se encontra na sede da AVT, mas as pessoas de lá não o reconhecem, na tentativa de descobrir o que está acontecendo, o Deus da Trapaça se encontra no passado, algo que não acontece naquele universo. Por uma pane, o protagonista consegue viajar pelo passado e presente constantemente. É com a ajuda de Mobius (Owen Wilson) que eles vão atrás de Ouroboros (Ke Huy Quan) que os informam sobre a necessidade de criar uma máquina para puxar Loki de volta para o seu tempo e resolver essa pane.  

Com cenas de muita comédia e aventura, principalmente na hora em que é preciso colocar a máquina para funcionar, um forte momento de tensão se intensifica na história. Também é uma cena para mostrar a força da amizade entre Mobius e Loki.  

Essa parte resolvida, é preciso solucionar outro enredo da história, ir atrás de Sylvie e tentar resolver o problema da ramificação da linha do tempo que está crescendo de forma descontrolada, porém eles não querem simplesmente podar as novas linhas do tempo já que milhares de pessoas vivem ali.  

O primeiro episódio é mais focado em fechar a narrativa que fica em aberto no final da temporada anterior. Já no segundo, a nova história começa e Loki está em busca de Sylvie.  

O episódio começa em uma linha que se passa em 1970 e, anteriormente, somos apresentados a X-5 (Rafael Casal), um agente da AVT que está encarregado de encontrar Sylvie, mas acaba abandonando a sua missão para viver naquela linha como astro de Hollywood.  

Mobius e Loki vão atrás dele e o capturam para levar de volta a AVT e tentar descobrir onde está Sylvie. É nessa hora que encontramos Loki em seu ápice de Deus da Trapaça na hora que ele trabalha suas habilidades de enganar o oponente e conseguir o que quer. 

Esse episódio acaba trabalhando mais o personagem que se perde de seu ethos de vilão durante a primeira temporada. Porém, após conversar com Mobius, frustrado por não conseguir as respostas esperada de X-5, ele traça um plano para usar sua grande habilidade e conseguir o que alcança.  

Após tirar as respostas do agente, os três vão atrás de Sylvie, que está vivendo uma vida normal e trabalhando como atendente de um McDonald’s.  

Essa também é uma cena importante para a história e mostra uma característica que eu gosto muito em produções, a de rir de si mesmo. Enquanto Loki e Sylvie conversam, X-5 está pedindo para Mobius para eles irem embora e reclama que está demorando muito aquela conversa. É quando Mobius solta uma das piadas mais engraçadas da série, falando que não é tão simples resolver as coisas quando você tem um relacionamento consigo mesmo. Ressaltando que Sylvie é uma variante de Loki e que, dessa forma, eles acabam sendo a mesma pessoa.  

É quando eles descobrem que a ideia de ir atrás de Sylvie era uma armação para tirar Loki e Mobius da AVT e destruir as novas linhas do tempo criadas. Essa é uma das cenas mais emocionantes quando a Caçadora B-15 (Wunmi Mosaku) se entristece ao ver a destruição e ressalta que milhares de pessoas irão morrer por causa daquele ataque. 

O segundo episódio se encerra e nos deixa ainda mais curiosos para ver o que irá acontecer com Loki, Mobius, Sylvie e os outros personagens da série. Também dá liberdade de começar as teorias do que isso irá influenciar nos próximos projetos da Marvel e possíveis crossovers.  

Opinião da redação:

O primeiro episódio vem mais como uma forma de resolver os problemas que ficaram em aberto na primeira temporada. As cenas mais de ação são boas, como na hora que Mobius precisa resgatar Loki do problema em que ele se encontra de ficar indo para o passado e voltando. Ele tem aquela cena que é bem clichê da hora que Ouroboros (chamado de OB pelos personagens) fecha as portas da AVT na esperança de conter a ramificação das linhas do tempo. Porém Loki ainda não está de volta, nesse momento, ele se encontra no futuro e tromba com Sylvie na AVT. É aquela hora de tensão em saber se ele vai conseguir voltar para o seu tempo, ou ficar preso na situação que ele se encontra. A gente sabe que vai haver uma solução, mas é impossível não ficar tenso.  

Esse capítulo também apresenta novos personagens como X-5 (Rafael Casal), um agente da AVT que acaba tendo um grande destaque no segundo episódio.  

Eu fiquei muito feliz em ver Rafael Casal em uma série da Marvel, além de ator, ele é escritor, diretor, produtor e rapper. Entretanto, é mais possível ver Casal em produções criadas por ele, como Blindspotting. Essa é uma grande chance de o ator mostrar para o mundo seu talento e ele entrega de uma forma impecável, sendo um importante personagem para o começo da série.  

Esses episódios, principalmente o segundo, vêm também para intensificar a personalidade de certos personagens, algo que acabou sendo perdido durante a primeira temporada. Principalmente a de Loki que relembra ser o Deus da Trapaça e a significância de seus poderes e somos presenteados por cenas de Loki em seu ápice, sendo remetidos ao estilo do personagem que conhecemos nos filmes do Thor e Vingadores.  

A cena entre Loki e X-5, onde o Deus da Trapaça tenta conseguir respostas do agente, mas não consegue tirar nada dele, é uma das melhores do segundo episódio e mostra o talento de interpretação de Rafael Casal onde o personagem consegue mudar a narrativa e, ao invés de ser influenciado, ele acaba abrindo feridas antigas, tanto de Loki quanto de Mobius. 

Outros personagens também merecem destaque como OB (Ke Huy Quan) que é o grande inventor da tecnologia da AVT e, além do seu papel na busca de resolver os problemas, ele também tem um tom de comédia de qualidade e ressalta muito bem o carisma que é tão conhecido do ator.  

A Caçadora B-15 (Wunmi Mosaku) também passa a ter mais destaque sendo uma grande defensora das mudanças na AVT e lutando para salvar as vidas criadas nas ramificações das linhas temporais.  

No geral, Loki se encontra como uma esperança para a Marvel, que está tendo uma queda na satisfação dos fãs com suas últimas produções, e entrega uma série de qualidade com ação e comédia na medida certa, além de uma história profunda e como grande aberturas para uma narração rica e poderosa.  

Ainda há muito para acontecer, mas esses dois episódios de Loki merecem, com certeza, 5 saquinhos de pipoca:

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