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Novo Museu do Ipiranga: confira tudo que sabemos sobre a reabertura do museu

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Novo Museu do Ipiranga

O Novo Museu do Ipiranga será reinaugurado com o dobro da área construída e 12 exposições com itens de acervo inteiramente restaurados no dia 6 de setembro

O Novo Museu do Ipiranga está chegando! A reabertura do museu acontecerá no dia 6 de setembro, dia que antecede o bicentenário da Independência do Brasil. Com isso, o espaço será um dos mais completos e modernos museus da América Latina. A expectativa é que o museu passe a receber entre 900 mil e 1 milhão de visitantes por ano.

O Museu passou por obras que foram executadas em em duas grandes frentes: restauro do Edifício-Monumento e construção de um edifício ampliação. Além disso, o Jardim Francês também foi restaurado. Nestas reformas e restauros, o quesito acessibilidade foi de suma importância e contempla um conceito arrojado de acessibilidade, que inclui saguão de entrada único, adaptado para todos os públicos, elevadores no centenário Edifício-Monumento, além de salas com planta tátil das exposições, telas táteis e pranchas visu-táteis, exibições multimídia com legendas, audiodescrição e tradução em Libras, podo-táteis em todo o percurso expositivo, obras com tratamento multissensorial, e material de apoio e educativo em Braille e em linguagem simplificada.

Além das obras de restauração e ampliação, os trabalhos de conservação também foram de extrema importância para os itens que estarão expostos na reabertura. Ao todo mais de 3 mil objetos do acervo foram restauradas, dentre elas duas maquetes de grande porta, além de 122 pinturas.

Novas exposições

No Novo Museu do Ipiranga, o público poderá conferir 12 exposições, sendo 11 de longa duração e uma mostra temporada. As de longa duração são divididas em dois eixos temáticos: para entender a sociedade e para entender o Museu. Já exposição de curta duração, é chamada Memórias da Independência, estará aberta por quatro meses e trará acervos de outras instituições brasileiras, especialmente do Rio de Janeiro e da Bahia. Confira as descrições das exposições, fornecidas pelo Novo Museu do Ipiranga:

Para Entender a Sociedade

Uma História do Brasil: a exposição compreende o hall, a escadaria principal e o salão nobre e tem como acervo principal as obras de arte que estão integradas à arquitetura, como a tela Independência ou Morte, de Pedro Américo. Essa decoração constitui uma versão da história do Brasil produzida para as comemorações do centenário da Independência em 1922. Coloca em questão a noção de realidade dessa narrativa, a escolha dos personagens que compõem uma versão da história do Brasil e o modo como esta versão da história do Brasil se subordina à história paulista.

Passados Imaginados: exibe as telas de grandes dimensões, além da maquete de gesso representando a cidade de São Paulo em 1841. O foco será demonstrar que os acontecimentos representados nessas obras não são uma janela para o passado que está ali representado, e sim o processo de criação de artistas em determinadas épocas. Acostumado a entender estas representações como cenas verídicas, por conta do modo como foram apresentadas nos livros didáticos, o público encontra nessa exposição a recontextualização das obras de arte para serem compreendidas dentro do sistema que as produziu.

Territórios em Disputa: aqui serão expostos os objetos ligados à colonização mais antigos do Museu, que remontam aos séculos 16 e 17. São objetos, cartas de sesmaria, mapas e outros documentos que contam como os europeus implantaram nas terras coloniais noções de território que se materializaram não apenas por meio de legislação ou da força bruta, mas pelo uso de objetos inéditos para os povos indígenas.

Mundos do Trabalho: a exposição trata do universo do trabalho num amplo espectro de atividades desde o período colonial até os dias atuais. Pretende lançar luzes sobre o trabalho anônimo de indígenas, negros escravizados, forros, homens livres, migrantes, imigrantes e, com isso, trazer questões centrais para a compreensão do trabalhado nos dias de hoje. Uma delas será demonstrar que o trabalho manual ou seriado não pode ser desconectado do trabalho intelectual.

Casas e Coisas: expõe o processo de transformação dos espaços da casa que levou ao esvaziamento de suas funções produtivas. A casa era um lugar multifuncional – o lugar onde se cultivava alimentos, se praticava o comércio, se produziam coisas, onde as crianças recebiam educação, se realizavam encontros culturais. Ao longo do tempo, essas atribuições foram sendo transferidas para instituições específicas fora da casa. Ao perder essas funções tradicionais, a casa se volta para uma experiência inédita: fazer parte da formação da identidade. É no século 19 que a palavra “interior” passa a conectar artefatos e espaços da casa ao interior psíquico de seus moradores. Essa mostra não trata de decoração, mas de como a decoração se torna a expressão do caráter e da personalidade de seus moradores.

A Cidade Vista de Cima: a última exposição do eixo Para entender a Sociedade fica num espaço que leva ao mirante do Edifício-Monumento. Nela, serão apresentadas imagens que mostram os diferentes momentos da história da cidade de São Paulo.

Para Entender o Museu

As exposições deste eixo trarão informações sobre a história do edifício, da instituição e seu ciclo curatorial (aquisição, conservação, catalogação, exposição).

Para Entender o Museu: exposição introdutória sobre o eixo. Conta a história do edifício e da instituição, explicando como é o trabalho na área de História e Cultura Material, como surgiu o Museu e porque ele foi instalado em um edifício projetado para ser um monumento à memória da Independência.

Coletar: imagens e objetos. Amostras de nossas coleções são utilizadas para explicar as mudanças nas políticas de coleta de documentos, que levaram tanto a uma ampliação da cadeia de segmentos sociais representados quanto a uma variedade de materiais e técnicas.

9. Catalogar: moedas e medalhas. A prática da catalogação será explorada a partir da tradicional coleção de moedas e medalhas, que tem formas muito estabelecidas de identificação e descrição de seus materiais e suas simbologias.

10. Conservar: brinquedos. São centenas de objetos de brincar de casinha ao lado de carrinhos, espaçonaves e foguetes. Será possível mostrar o trabalho de conservação desde a avaliação na entrada do item na coleção, as atividades de higienização e restauração, os modos de embalar e a guarda nas reservas técnicas.

11. Comunicar: louças. Será possível mostrar como se produz uma exposição, bem diferente da prática de simplesmente expor os objetos, relacionada à seleção, criação e interpretação, portanto, de um processo de conhecimento que está longe de ser neutro ou de atestar uma verdade.

Exposição temporária – Memórias da Independência

A exposição com duração de quatro meses inaugurará a área nova de expansão do Museu sob a Esplanada. Aqui, serão tratadas as diferentes práticas memoriais e comemorativas relacionadas ao processo de Independência, que resultaram em sucessivas celebrações ao longo dos séculos 19, 20 e 21. Por ela, o público poderá entender como o processo de ruptura foi também disputado por projetos celebrativos e festividades que ocorreram em São Paulo, no Rio de Janeiro (a antiga capital) e em Salvador (onde o processo de Independência só foi concluído em 1823).

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Foto de capa: divulgação/Novo Museu do Ipiranga

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